sábado, 4 de fevereiro de 2012

Governador da Bahia ataca movimento grevista na TV

Em declaração de três minutos, transmitida pelas emissoras de rádio e TV da Bahia na noite desta sexta-feira (3), o governador Jaques Wagner atacou o movimento grevista da Polícia Militar do Estado e tentou tranquilizar a população baiana.

Na fala, o governador reconhece que o Estado passa por "momentos de intranquilidade", mas afirma que não há motivos para apreensão. "Estou tomando todas as providências para garantir a segurança dos cidadãos", afirmou.

"Agi rapidamente e com rigor para conter um grupo de policiais que, usando métodos condenáveis e difundindo o medo na população, chegou a causar desordem em alguns pontos do Estado", disse Wagner. "Os contingentes da Força Nacional de Segurança, juntamente com as Forças Armadas, já estão nas ruas, para garantir a paz."

Onda de violência
Com os policiais militares em greve há três dias, a Bahia sofre com a onda de violência, que atinge principalmente a região metropolitana de Salvador. Nesta sexta-feira, foram registrados 20 assassinatos e sete tentativas de homicídio em dezesseis horas, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública do estado. Neste mesmo dia, na semana passada, foram 13 mortes em 24 horas.

Parte do contingente de 2.350 militares do Exército, da Marinha e Aeronáutica começará a policiar as ruas de Salvador. De acordo com o governador, no sábado, mais 600 homens se somarão ao contingente que já está atuando.

Uma comitiva liderada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, viaja no sábado (4) para a Bahia, com o objetivo de acompanhar as operações que o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, do Ministério da Defesa, está coordenando para garantir a manutenção da lei e da ordem durante no estado.

No pronunciamento, o governador também fez um apelo aos policiais militares para que voltem ao trabalho e classificou a greve como um ato de “desordem” feito por um “pequeno grupo” com o objetivo de “assustar a população”.

Greve ilegal
O juiz da 6ª Vara da Fazenda Pública, Ruy Eduardo Almeida Brito, considerou ilegal o movimento grevista, de PMs ligados à Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra-BA). O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alfredo Castro, confirmou nesta sexta-feira que 10 mil PMs aderiram à greve por tempo indeterminado, o que representa um terço do efetivo da corporação.

Com agências

Um comentário:

  1. Eu como um bom paraense desejo q os PMs do Pará sejam de fato respeitados e tenham suas reivindicações atendidas, um forte abraço da tropa amapaense para a PMPA, principalmente deste combatente q vos fala.
    www.oguarda.com

    ResponderExcluir