sábado, 25 de fevereiro de 2012

PEC300 EM PAUTA NA PRÓXIMA SEMANA

A PEC 300, que unifica os pisos dos salários de policiais e bombeiros militares e policiais civis de todo o país, voltará à discussão na Câmara dos Deputados na próxima semana.
O ex-governador Anthony Garotinho (PR-RJ) e o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), interlocutores assumidos do movimento grevista dos policiais militares, se encarregarão de reacender o fogaréu. Há outros políticos envolvidos com o movimento. Em Brasília, o deputado Izalci Lucas (PR-DF) e o ex-deputado Alberto Fraga, presidente regional do DEM, foram identificados como incentivadores do movimento de policiais militares e civis do Distrito Federal.

Na semana que antecedeu o carnaval, no Rio de Janeiro, na presença da presidente Dilma Rousseff, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), ouviu um apelo de oito governadores para não pôr a PEC 300 na pauta de votação. Sérgio Cabral (PMDB-RJ), Eduardo Campos (PSB-PE), Antonio Anastasia (PSDB-MG), Jaques Wagner (PT-BA), Rosalba Ciarlini (DEM-RN), Renato Casagrande (PSB-ES), Marcelo Déda (PT-SE) e Cid Gomes (PSB-CE) acreditam que isso detonará uma greve nacional.

Governos e PM voltam a se enfrentar por causa da PEC 300

A matéria prevê a criação de piso nacional para PMs e bombeiros. Governadores se articulam para barrar o trâmite; militares prometem reagir

Engana-se quem pensa que o recesso de Carnaval esfriou a tensão entre governadores e policiais de todo o País. A partir do início de março, ambas as partes voltam a intensificar a mobilização, desta vez com foco na tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 300, que prevê a criação de um piso nacional unificado para a PM. Chefes de Executivos estaduais trabalham para convencer as bancadas no Congresso Nacional a barrar – ou, pelo menos, retardar - o andamento da PEC. Em outra frente, os militares prometem reação.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

PM diz que há 59 presos e mais de 100 indiciados por greve no RJ

Chefe do Estado Maior Administrativo diz que 9 presos vão para Bangu 1. Outros cerca de 50 cumprem pena administrativa em seus quartéis.
O chefe do Estado Maior Administrativo da Polícia Militar, coronel Robson Rodrigues da Silva, informou na tarde desta sexta-feira (10) que 59 policiais foram presos e mais de 100 foram indiciados por crime militar ou transgressão disciplinar de natureza grave. Dentre os presos, estão nove dos 11 policiais considerados líderes do movimento que tiveram mandados de prisão expedidos peja Auditoria de Justiça Militar. Além disso, outros cerca de 50 estão presos administrativamente, segundo ele.

Na noite de quinta-feira (9), bombeiros e policiais civis e militares decretaram a greve no estado do Rio de Janeiro durante uma assembleia na Cinelândia, no Centro. Cerca de duas mil pessoas participaram da votação. Juntas, as três corporações somam 70 mil homens. Segundo os grevistas, 30% do efetivo do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil ficarão à disposição para casos de emergência.

Resolveremos a questão com diálogo até o carnaval, diz bombeiro grevista

Grevistas reconhecem que houve avanço na proposta do governo do Rio. 'Mas está longe de atender às nossas necessidades', afirmaram em coletiva.
O sargento bombeiro Wallace Rodrigues disse, em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (10), que os policiais e bombeiros grevistas do Rio estão abertos ao diálogo com o governo. "De forma alguma queremos acabar com o carnaval. Ainda faltam oito dias e temos a convicção que até lá resolveremos a questão com diálogo. Estamos abertos ao diálogo a qualquer hora, a qualquer momento".

Rio: “A orientação é para a população não sair de casa”

Reportagem Portal iG
Responsável pelo patrulhamento ostensivo das ruas do Rio, a Polícia Militar foi a corporação que mais radicalizou na greve, entre as forças de Segurança Pública que decidiram na noite desta quinta-feira pela paralisação no Estado. Os PMs optaram ficar em greve aquartelados em seus batalhões, sem sair para nenhuma ocorrência.
“Agora, é com o Exército e a Força Nacional!”, disse o policial Wellington Machado, que anunciou a decisão da comissão de greve. “O que acontecer nas ruas não é mais problema da PM”, afirmou um oficial que preferiu não se identificar.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Após 4 greves na gestão Dilma, PMs discutem levantes em mais 8 Estados

SÃO PAULO e BRASÍLIA - Desde que a presidente Dilma Rousseff assumiu o cargo, polícias militares de quatro Estados já entraram em greve. Atualmente, outras associações de cabos e soldados de oito já discutem decretar paralisação. O motivo é o trancamento da tramitação da PEC 300 no Congresso Nacional, emenda constitucional que estabelece um piso nacional para os policiais militares, por meio da criação de um fundo para ajudar Estados que não conseguirem bancar o aumento.
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), avisou na semana passada que não colocará a emenda constitucional em votação porque não há previsão orçamentária para arcar com os custos do aumento salarial para os policiais. "Esse tema será enfrentado de novo só com a discussão do Orçamento de 2013", emendou.

Policiais militares do Espírito Santo podem paralisar atividades às vésperas do Carnaval

A exemplo do que acontece na Bahia, policiais militares do Estado podem paralisar as atividades nos próximos dias. A categoria alega que não obteve sucesso em mais de um ano de reivindicações junto ao Governo do Espírito Santo.
Uma assembleia está marcada para o próximo dia 15, quando os policiais se reunirão para discutir as propostas do Executivo e definir se entram em greve. “Estamos recebendo propostas até o dia 15. Nessa data vamos avaliar se elas são viáveis e plausíveis. Não descartamos uma paralisação às vésperas do Carnaval”, explicou o diretor da Associação de Cabos e Soldados e porta-voz do movimento reivindicatório, Flávio Gava

OAB Nacional se oferece para intermediar negociações com PM da Bahia

Brasília - A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) se colocou hoje (06) à disposição para intermediar as negociações entre o governo e a Polícia Militar da Bahia e encerrar o movimento grevista que já dura sete dias. "A situação é tensa, de muita intranqüilidade e de conseqüências imprevisíveis", afirmou o presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante. "As duas partes precisam entender que é hora de cada um ceder no que for necessário para restaurar a segurança e a ordem na Bahia."
Ainda hoje, em telefonema a Ophir, o presidente da Seccional da OAB baiana, Saul Quadros, fez um relato dramático do clima de preocupação reinante na população diante da falta de segurança nas ruas. Somente na região metropolitana de Salvador já foram registrados 94 assassinatos devido à falta de policiamento. Os números extra-oficiais fazem referência a mais de 100 crimes violentos. "A situação é grave tanto na capital como no interior", disse Saul, que divulgou nota conclamando o comando da greve e o governo a saírem do impasse. "A sociedade civil não pode mais vivenciar essa situação de insegurança", disse.

Cresce pressão para aprovação de piso nacional para militares

Em meio à greve na PM da Bahia, cresce a pressão para a votação da chamada Proposta de Emenda Constitucional 300 (PEC 300), que cria um piso salarial para os policiais civis, militares e bombeiros, no Congresso Nacional, em Brasília.

Mas o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), avisou na semana passada que deixará de colocar a Emenda Constitucional em votação porque não há previsão orçamentária para arcar com os custos do aumento de soldos dos policiais.
“Qualquer aumento de servidor necessita de orçamento. Como não foi aprovado no Orçamento de 2012, só no próximo orçamento”, afirmou Maia, na volta dos trabalhos legislativos da Câmara. “Esse tema será enfrentado de novo só com a discussão do Orçamento de 2013”, completou.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Governador da Bahia ataca movimento grevista na TV

Em declaração de três minutos, transmitida pelas emissoras de rádio e TV da Bahia na noite desta sexta-feira (3), o governador Jaques Wagner atacou o movimento grevista da Polícia Militar do Estado e tentou tranquilizar a população baiana.

Na fala, o governador reconhece que o Estado passa por "momentos de intranquilidade", mas afirma que não há motivos para apreensão. "Estou tomando todas as providências para garantir a segurança dos cidadãos", afirmou.

"Agi rapidamente e com rigor para conter um grupo de policiais que, usando métodos condenáveis e difundindo o medo na população, chegou a causar desordem em alguns pontos do Estado", disse Wagner. "Os contingentes da Força Nacional de Segurança, juntamente com as Forças Armadas, já estão nas ruas, para garantir a paz."

Onda de violência
Com os policiais militares em greve há três dias, a Bahia sofre com a onda de violência, que atinge principalmente a região metropolitana de Salvador. Nesta sexta-feira, foram registrados 20 assassinatos e sete tentativas de homicídio em dezesseis horas, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública do estado. Neste mesmo dia, na semana passada, foram 13 mortes em 24 horas.

Parte do contingente de 2.350 militares do Exército, da Marinha e Aeronáutica começará a policiar as ruas de Salvador. De acordo com o governador, no sábado, mais 600 homens se somarão ao contingente que já está atuando.

Uma comitiva liderada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, viaja no sábado (4) para a Bahia, com o objetivo de acompanhar as operações que o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, do Ministério da Defesa, está coordenando para garantir a manutenção da lei e da ordem durante no estado.

No pronunciamento, o governador também fez um apelo aos policiais militares para que voltem ao trabalho e classificou a greve como um ato de “desordem” feito por um “pequeno grupo” com o objetivo de “assustar a população”.

Greve ilegal
O juiz da 6ª Vara da Fazenda Pública, Ruy Eduardo Almeida Brito, considerou ilegal o movimento grevista, de PMs ligados à Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra-BA). O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alfredo Castro, confirmou nesta sexta-feira que 10 mil PMs aderiram à greve por tempo indeterminado, o que representa um terço do efetivo da corporação.

Com agências

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

ES: PM PODE GREVAR.

Em entrevista a TV Capixaba, afilida da Rede Bandeirantes, o diretor da Associação de Cabos e Soldados do Espírito Santo, Flavio Gava admite que a situação está ficando insustentável e que a categoria que já está em estado de alerta pode entrar em greve caso as reivindicações da categoria não forem atendidas.